sistema de bombeamento

Sistema de Bombeamento

Na maioria das indústrias, independente do segmento, a movimentação de líquidos seja água, alimentos ou mesmo produtos químicos, o principal equipamento utilizado são as bombas.

As bombas se dividem entre outras em centrifugas, deslocamento positivo, fuso, peristálticas e
até carneio mecânico, porém as mais aplicadas são as centrífugas.

As bombas centrífugas tem como princípio a transformação da energia cinética ou de movimento em energia potencial ou de pressão dentro do corpo da bomba, também conhecida como voluta ou espiral, pela forma interna desta peça.

A transformação da energia cinética que o líquido recebe ao passar por outra peça importante do sistema hidráulico o rotor, em energia potencial se realiza na voluta por sua forma de espiral, aumenta continuamente a pressão desde o cut water (parte da voluta onde inicia sua forma espiralada) até a saída do líquido pela descarga. O motor elétrico ou de combustão fornece energia ao rotor através do movimento rotacional do  eixo.

Todo este sistema que é completado pelas tampas de sucção, peça que é montada axialmente na voluta e conecta a tubulação de sucção do sistema. Outra peça é a tampa traseira, que enclausura o líquido e se encontra o sistema de vedação da bomba, que pode ser por gaxeta, selo mecânico ou mesmo sistema de vedação hidrodinâmica.

Uma preocupação que o cliente deve ter ao especificar e adquirir uma bomba centrífuga é qual o trabalho que ela realizará, ou seja, se irá bombear água ou líquido corrosivo; temperatura do líquido; vazão e altura manométrica, pressão de sucção para evitar a cavitação, densidade do líquido, quando for diferente da água e a sua viscosidade.

Sem conhecer estes parâmetros, corre-se o risco de adquirir uma bomba e após o início da operação, apresentar problemas como corrosão, não conseguir transferir a quantidade de líquido conforme parâmetros de processo e principalmente ocasionar danos a instalação, ao homem e ao meio ambiente.

Outro ponto que deve ser considerado ao selecionar um conjunto motor e bomba é o rendimento do equipamento. Atualmente com a preocupação com os custos da energia e a eficiência energética, adquirir um equipamento com um rendimento abaixo de 50 %, o sistema consumirá energia e não a transformará em energia potencial, esta que é responsável pelo transporte da quantidade de líquido especificado em projeto, ao local final, de forma eficiente.

Uma simulação de uma bomba com 45% de rendimento, para cada 1 Watt /h(W/h) fornecido ao motor, somente 0,45 W/h será utilizado pela bomba, os demais 0,55 W/h se perderá internamente no conjunto moto-bomba.

Em caso de uma bomba de alta eficiência, como por exemplo, 80% de rendimento, este cálculo será 0,8 W/h de trabalho e 0,2 W/h perdido.

Transformando para o valor de KW/h, o engenheiro facilmente calculará quanto de economia ele trará para a empresa comprando e principalmente colocando a bomba operando no ponto que chamamos BEP ou Best Efficient Point que pode ser retirado da curva de desempenho da bomba.

Com ajuda da engenharia do fabricante, esta conta pode se tornar um diferencial na hora de decidir qual conjunto adquirir.

 

Humberto Olivieri – sócio e consultor da HLF

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